Dias normais, Mais mentiras que verdades. Buscamos, queremos e trapaceamos sentimentos. Silenciamos, diante do grito ceifado...premente, De quem só quer acalento. Dias normais, Alardeamos palavras e emoções ao vento. Aceitamos o que desaprovamos, Choramos o presumível, E entre sorrisos, Normalizamos o inconcebível. Dias normais, Emoções contidas, prisioneiras da rotina. Escondemos um turbilhão dentro de nós, Pintamos sorrisos, Enquanto a alma clama por libertarão divina. O espelho reflete, mas cega com a intensa luz do sol!
“Não reflito, sonho; não estou inspirado, deliro.” Fernando Pessoa As poesias, a meu ver, as vezes, parecem insolentes. Tudo é dito, exposto e concluído... Igual carta ao amor, quando já não o é mais. O real limita e extingue os sonhos, E a ação perversa, é a reflexão... A poesia, é ceifada pela lucidez de uma inspiração que aterrissa ... sem flutuar. Pelo pensamento coerente, gerido por sinônimos e antônimos, que matam o delírio... Do que podemos sentir e escrever... A alma poética, clama em ser invisível, inesperada ...embriagada...flutuante! Quer ser arte transcendente, inacabada... porém, sonhada! E que o autor da obra seja apenas uma assinatura. Jaine Godinho Scheffer